Não Cometa esses Erros

Quero inspirar a você a refletir sobre 4 atitudes que podemos cometer, e acabamos por afastar quem tanto amamos. 

 

Vou começar contando a história de Lorena e Bart. 

 

Na família de Bart, o costume era o seguinte: quando você recebe um presente de alguém, você o guarda ou faz bom uso dele. 

 

O que você nunca deve fazer é dá lo para outra pessoa. Seria um sinal de grande desrespeito à pessoa que o presenteou. 

 

Já na família de Lorena, de descendência mexicana, era outro costume: se uma pessoa admira muito alguma coisa sua, você a oferece a ela. 

 

Então, quando Lorena recebeu de presente da sogra, uma echarpe que estava há gerações na família de seu marido, ela não tinha ideia de que provocaria grande conflito quando deu a echarpe para sua própria mãe, que a admirou. 

 

Lorena encarou sua ação como uma maneira de homenagear tanto a sogra quanto a mãe, porém o marido e a sogra de Lorena ficaram insultados e viram isso como um sinal de desrespeito. 

 

1ª – Erro – Vamos chamá-lo de crenças.

 

Todos nos carregamos crenças de como julgamos que as pessoas devem ser, de como devem agir. Classificamos em nossa mente, o que é certo e errado, o que é legal ou chato, feio ou bonito. 

Acontece que algumas crenças nos atrapalham ao longo da vida, como por exemplo, se eu achar que nenhum homem presta, ou que todas as mulheres são chatas.  

A forma como eu enxergo o outro, irá impactar direta e profundamente o meu relacionamento amoroso.

 

Como vemos na história Lorena e Bart, ele ficou chateado com sua esposa, por que ela fez algo que ele considerou desrespeitoso. 

 

A lição que podemos extrair desse casal, é que, tenhamos cuidado sobre julgar o outro com base naquilo que eu acredito. 

 

Afinal, cada pessoa carrega em si suas próprias crenças. Nem sempre, o outro faz algo intencionalmente para te chatear, e sim, muito provavelmente, fez baseado naquilo que ele acredita ser o melhor. 

 

Então tome muito cuidado sobre as histórias que você conta pra si, de seu relacionamento. Como por exemplo: 

 

“Meu marido deixou novamente as roupas no chão, ele não liga para meus sentimentos”.  

 

“Minha mulher me disse não de novo, porque ela não quer me ajudar”. 

 

2ª – Erro – Vamos chamá-la de Atenção Seletiva 

 

É quando temos a tendência a focar, fixar em apenas alguns aspetos que ocorrem em um determinado contexto e negligenciamos outros aspectos igualmente importantes. 

Por vezes, ficamos fixados em acontecimentos negativos, e nos esquecemos de bons momentos vividos. 

 

Por exemplo, “o homem que afirma que sua esposa só que diz o que ele fez de errado e não o elogia pelas boas coisas que faz”. 

 

“Meu namorado jantou comigo noite passada, mas hoje ele preferiu jogar bola com os amigos, em vez de, sair comigo, ele não gosta assim de mim. 

 

Cuidado com aquilo que você dá atenção, colocar sua atenção só em aspectos negativos, deixará sua relação mais penosa e densa, e até injusta diria.  

 

3ª- Erro – Vamos chamá-lo de Atribuições  

 

É quando deduzimos as ações do outro, fazendo atribuições de causa e efeito. 

 

Por exemplo, concluir que “meu parceiro deixou de responder uma pergunta, porque quer controlar o relacionamento”.  

 

“Ele não está mais carinhoso, deve estar me traindo”. 
“Ela está online, mas não me responde, não sou tão especial assim”. 

 

Temos a tendência de julgamos o comportamento do outro, e por vezes, podemos errar sobre nossas deduções;  

Afinal, como será que uma pessoa se comporta quando acha que o outro está traindo? Ou que não se sente tão especial assim? 

 

Pois é, a forma como lidamos com nosso cônjuge, está relacionada sobre o que pensamos dele. Por isso muita cautela ao sentenciar. 

 

4 – Erro – Vamos chamá-lo de Padrões  

 

São ideias que temos do porquê as pessoas fazem o que fazem. Ou seja, são crenças sobre as características que as pessoas e os relacionamentos devem ter. 

 

Por exemplo, que os parceiros não devem ter limites entre si, compartilhando um com outro todos os seus pensamentos e emoções). 

 

A grande cilada da vida, é que, quando nosso parceiro, não faz aquilo que nós acreditamos que quem ama faz, iremos duvidar sobre os sentimentos dele. 

 

Para deixar um pouco mais claro sobre esses padrões, vou compartilhar a história de Sal e Maureen.  

 

Sal vinha de uma pequena cidade das montanhas no centro da Sicília e Maureen era americana, descendente de irlandeses. 

 

Sal e Maureen estavam casados há apenas um ano quando importantes diferenças culturais começaram a surgir.  

 

Maureen era uma ruiva vibrante, conhecida por travar conversa com praticamente qualquer pessoa. Seus amigos e familiares com frequência diziam que “sua simpatia era contagiante”.  

 

Sal admitia que a sociabilidade de Maureen foi um dos atributos que o fizeram se apaixonar por ela, mas esse atributo se tornou amargo para ele quando certo dia chegou em casa e encontrou Maureen no terraço tomando um drinque com um vizinho solteiro.  

 

Esse comportamento era uma importante violação dos padrões nas famílias sicilianas – uma jovem casada estar sozinha em casa com outro homem, ingerindo álcool. Sal ficou furioso por Maureen ter agido de forma tão desrespeitosa e começou a chamá la de puta. 

 

Todos esses erros têm algo em comum, eles partem do princípio de que são pensamentos, são ideias que nós temos na vida. 

 

Minha sugestão é, não aceite ao pé da letra, de modo literal, aquilo que você acredita e pensa. Como vimos, podemos sermos injustos com aqueles que amamos, por julgá-los de acordo com nosso arsenal de crenças, que muitas vezes, são rígidas, inflexíveis e até irreais.  

 

É fundamental desenvolvermos perspectivas mais equilibradas, assim teremos relações mais agradáveis e prazerosas.  

 

Caso tenha dificuldade em desenvolver uma visão mais equilibrada e ponderada, busque ajuda profissional, se possível, se não, leia sobre o assunto, veja vídeos, faça cursos de autodesenvolvimento, há infinitas possibilidades. 

 

Com Amor 


Ana Paula de Andrade, Psicóloga. 

Prazer, sou a Ana

Sou psicóloga clínica e fascinada pelo ser humano, pelas suas potencialidades, virtudes e forças. Nascemos com alguns propósitos, e um deles é sermos felizes. Inspiro as pessoas a terem uma vida virtuosa, onde elas tenham sede de vida, que não se limitam a sobreviver, e que queiram reviver.

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Minha missão como terapeuta é ajudar às pessoas a desvendarem suas mais profundas perguntas pelo significado das coisas. O que é? Por quê? Pra quê? 

O que é isso que sinto? Por que será que sinto isso? Por que as pessoas me maltratam? Por que a vida fez isso comigo? O que me espera no futuro? Por que não consigo ser como gostaria? O que falta em mim?

Refletir sobre questões de culpa, dor, decepção, falta de amor, falta de sentido, tristeza,  incerteza, é vasculhar, remexer, revirar, descobrir e redescobrir tudo isso dentro da gente.

O paradoxo da vida, é que não só todas as respostas estão dentro de nós, mas tudo aquilo que julgamos precisar e necessitar. 

Meu propósito é ajudar as pessoas a si acessarem, a terapia é esse espaço facilitador e revelador.