Todos nos almejamos ter relacionamentos gostosos e felizes, aliás é basicamente isso que nos motiva a construir a vida á dois. Mas ao que parece, ser feliz no relacionamento é algo quase que utópico. Então qual é o segredo para ter um relacionamento prazeroso?

Não há formulas para que atingimos a felicidade, assim como na vida,  a relação amorosa, tem seus próprios desafios. Mas, acontece que com o passar do tempo, paramos de fazer coisas simples, simplicidade essa, que pode influenciar na qualidade da relação. Assim como a arte de dialogar.

A comunicação é indispensável para nossos relacionamentos, sejam eles românticos ou não, precisamos nos comunicar para expressar o que gostamos, o que nos agrada, o que queremos, esperamos, precisamos, seja para desabafar, para falar algo, ela é importantíssima para gerar conexão e harmonia nas relações.

O tempo inteiro estamos comunicando algo, seja verbalmente ou não, nosso corpo também fala, ele se expressa, seja no olhar, no toque, no silencio, pela contradição….

A comunicação pode nos aproximarmos das pessoas, como também nos afastarmos delas. Todo casal vivência maus entendidos na comunicação, e isso é natural, uma vez que somos pessoas diferentes, temos opiniões e experiências diferentes, logo, vamos enxergar as coisas sob olhares diferentes, mas quando encaramos uma conversa como um duelo, quando só queremos falar e não conseguimos ouvir, podemos gerar mais tensão, mais distanciamento, dor, e os problemas se acumularem.

Uma má comunicação pode gerar desconfiança, distanciamento, brigas, traição, separação, sofrimento…. Já por outro lado, uma boa comunicação proporciona compreensão, acolhimento e crescimento.

A comunicação verbal é o caminho mais claro e objetivo de nos apresentarmos para as pessoas, e também perceber o modo como as pessoas funcionam, ao literalmente falarmos, conseguimos esclarecer o que de fato se quis dizer ou dar-se conta de que foi um mal-entendido. Quando você conhece o que magoa o outro, o que não agrada, é possível fazer algo a respeito.

A arte de se comunicar é algo que nós aprendemos ao longo da vida, e quando conseguimos fazê-la de forma assertiva nossos relacionamentos melhoram gradativamente. Precisamos aprender que no combo do “se relacionar”, estará incluso: saber expressar sentimentos, dizer não sem se sentir culpado, fazer erros e corrigi-los, ouvir antes de responder, ser respeitado e respeitar, fazer pedidos, ter tempo para refletir antes de decidir, mudar de opinião.

Ao lidarmos com as pessoas, podemos apresentar traços que podem favorecer para um maior desentendimento, ou até a incapacidade de conseguir comunicar ao outro o que pensamentos e sentimos.

Dependendo da situação, podemos ser passivos, quando agimos assim, tendemos a não expressar nossos desejos, ideias e sentimentos ou expressamos de forma de auto depreciação, fazemos isso com o objetivo de agradar a pessoa, e acabamos por nos sentirmos ansiosos, desapontados conosco, além, de nos sentirmos revoltados e amargurados. Para aquele que nos ouve, despertamos irritação, pena e desagrado. Quando agimos desse modo, não alcançamos nossos objetivos e isso gera revolta, o saldo final é, evitamento de situações desagradáveis, evitamento de conflitos, tensão e confronto. Pensamentos que predominam ( “a minha opinião não conta”, “ em situações de conflito é mais seguro não me manifestar”).

Em outros momentos, podemos agir completamente diferente, e tendemos a sermos agressivos, ao optarmos por esse lado, expressamos desejos, ideias e sentimentos à custa dos outros, com o objetivo de comunicar ou humilhar (não temos consciência disso, é forte eu sei!), e acabamos por nos sentirmos convencidos da nossa superioridade, por vezes envergonhados, depois de agir dessa forma. A pessoa que nos ouve, sente-se com desejo de vingança e revoltada. Geralmente, quando se é agressivo alcança-se os objetivos desejados, magoando as pessoas, e a outra pessoa encontra justificativa para se “vingar”, o saldo final é que a pessoa descarrega sua revolta, e sente-se superior. Pensamentos que predominam (“o meu ponto de vista é …. “isso funciona do seguinte modo”… “nunca tive problemas com….”, “não se pode confiar em ninguém”, “eu sou melhor, sei como fazer”).

Podemos notar que esses dois estilos de se comportar são extremos, e variam sua intensidade, não nos comportamos assim o tempo todo e em todas as relações, e isso não está relacionado com a personalidade, mas o equilíbrio entre ambos é ser assertivo, e nós podemos aprender a nos comunicar dessa maneira, com muito treino e dedicação.

Quando somos assertivos expressamos desejos, ideias e sentimentos de forma apropriada e direta, nosso objetivo é comunicar, ao agirmos assim nos sentimos confiantes e positivos, a pessoa que nos ouve, sente respeito, assim frequentemente alcançamos os objetivos esperado, o saldo final é, sentimentos positivos, respeito dos outros, aumento da autoconfiança e promoção dos relacionamentos. Pensamentos que predominam (“posso escolher como me comportar”, “posso aprender com meus erros”, “a minha opinião”).  Ser assertivo nem sempre é conseguir o que se deseja, mas consequentemente nos sentimos melhor por expressarmos nossas opiniões, e a pessoa que nos ouve se sente respeitada, e isso é muito valioso.

O amor pode ser expresso de muitas maneiras, e algumas vezes vamos precisar falar para restabelecer conexões rompidas e amenizar dores, e saber falar de forma assertiva é o grande segredo para uma boa convivência. Pequenos gestos podem fazer as pessoas se sentirem amadas e queridas, uma simples atitude é o suficiente para o seu próprio bem-estar e do outro.

Resumo da opera, fale, fale ao outro de forma direta e objetiva, mas fale com respeito.

Caso sinta dificuldade em ser assertivo, tenho um conselho especial, a terapia pode lhe ajudar a desenvolver formas de se comunicar de forma assertiva, favorecendo para que suas relações sejam gostosas e harmoniosas.

Faz sentido para você?

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Com ternura e amor

Ana Paula de Andrade, Psicóloga.