Visitando o Passado

Uma mulher de meia idade chamada Wilma era tão dependente do marido que jamais discutia com ele. 

Ela era completamente passiva e jamais desafiava Charles, por medo de que ele se desencantasse e a deixasse. 

Na verdade, em certa ocasião, Wilma soube que Charles mantinha uma relação extraconjugal com sua secretária. 

Quando Charles admitiu a leviandade, Wilma lhe implorou que não a deixasse e até lhe prometeu que não se queixaria sobre o relacionamento extraconjugal, contanto que ele sempre continuasse casado com ela. 

Às vezes, Wilma até encobria Charles com os filhos para que ninguém soubesse que ele era infiel. 

Ela lhe prometeu que esse sempre seria seu “pequeno segredo”. Ela pensava, “É melhor tolerar que Charles tenha um caso do que enfrentar a vida sozinha, eu não conseguiria viver sozinha, e ‘fechar os olhos’ à sua infidelidade é um preço pequeno a pagar pela segurança de tê‑lo na minha vida”. 

Para Wilma, essa segurança era essencial para a sua sobrevivência. 

Charles, por sua vez, achava que de certa forma se beneficiava do medo de rejeição de Wilma porque isso lhe permitia fazer o que quisesse.  

Alguma vez da sua vida, você se questionou sobre suas escolhas? Ou talvez lhe bateu curiosidade sobre a forma como você age? Já parou para pensar e observar como você se relaciona e interage? Por que e da onde somos o que somos? 

Pois bem, é disso que quero inspirar a você a pensar, o que somos hoje, as escolhas que fazemos, ou deixamos de fazer, nossa personalidade ou temperamento, a maneira como levamos nossa vida, tem influência sobre nossa infância. E vou te explicar o porquê. 

A forma como fomos criados influência e impacta nossa vida, e muitas vezes carregamos nossa infância e trazemos ela para a vida adulta. 

Nossos pais, nos criaram da melhor maneira que podiam, com as condições emocionais, intelectuais e financeiras que tinham, não tenho dúvida, que nossos pais sempre fizeram as escolhas pensando em nossa felicidade e bem-estar. 

Digo isso, pois não tenho a intenção de responsabiliza-los e nem apontar culpados. 

Mas se de alguma forma, quando pequenos, sentíamos que não tínhamos, atenção suficiente, cuidado, que não recebemos apoio, que não ouve orientação sobre o que era certo e errado (faltou nos ensinar sobre valores), ou talvez, não recebemos ajuda, afeto, carinho, reconhecimento. 

Se por algum motivo, não nos sentíamos querida (o), ou talvez aprovado, e até mesmo aceito do jeitinho que somos (na nossa essência) naquilo que temos de mais importante. 

Se nossos pais, com a mais linda intenção do mundo, em querer nos gradar e ajudar, fez tudo por nós, aliás, coisas que nós podíamos fazer e era importante, de alguma forma quando adultos não achamos que somos capazes, que não conseguimos cuidar de nós. Eu sei somos complexos. 

Se quando pequenos, passamos por isso, iremos registrar que nossa infância teve faltas, carências e buracos. 

Pois bem, é na nossa infância, que se inicia nossa autobiografia, então a partir dela, começamos nossa história de vida, escrevemos e registramos, nossos mais profundos sentimentos, e a maneira como nos vemos. 

Se hoje, achamos que tem algo de errado conosco, que somos diferentes, questionamos por que todos estão bem, menos a gente. 

Se hoje, morremos de medo de sermos abandonados, e rejeitados, por aqueles que amamos. 

Se hoje, somos inseguros, que no fundo acreditamos que não somos capazes, que não somos bons o bastante. 

Tudo que carregamos no nosso coração, sobre nós, e a vida, começou na nossa infância. 

É nossa autobiografia, que vai nos moldando e influenciando em como nos relacionamos, interagimos, em quem somos, nas nossas escolhas. 

Quando adultos, buscamos então, que o outro, nos dê, tudo aquilo que achamos que não tivemos na infância.  

Queremos que nosso parceiro romântico, supra aquilo que nos falta, desde a infância. Buscamos incansavelmente preencher esse vazio. TUDO QUE QUEREMOS É QUE SARE.  

Desejamos nos sentir amados, valorizados, pertencidos, amparados, e criamos expectativas que a nossa vida amorosa se encarrega de nos compensar, daquilo que faltou. 

E tenho algo a lhe dizer, por mais clichê que possa parecer, só você pode lhe dar tudo aquilo que você precisa, necessita e carece. 

Vou deixar um exercício para quem quer olhar para sua infância, resgatar sua versão pequena, e dar a ela o que ela precisa.  

É também quando curamos nossas feridas, que seremos felizes no amor. 

Escrevo com todo carinho e afeto, sinta-se abraçado por mim. 

Ana Paula de Andrade, Psicóloga.

Prazer, sou a Ana

Sou psicóloga clínica e fascinada pelo ser humano, pelas suas potencialidades, virtudes e forças. Nascemos com alguns propósitos, e um deles é sermos felizes. Inspiro as pessoas a terem uma vida virtuosa, onde elas tenham sede de vida, que não se limitam a sobreviver, e que queiram reviver.

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Minha missão como terapeuta é ajudar às pessoas a desvendarem suas mais profundas perguntas pelo significado das coisas. O que é? Por quê? Pra quê? 

O que é isso que sinto? Por que será que sinto isso? Por que as pessoas me maltratam? Por que a vida fez isso comigo? O que me espera no futuro? Por que não consigo ser como gostaria? O que falta em mim?

Refletir sobre questões de culpa, dor, decepção, falta de amor, falta de sentido, tristeza,  incerteza, é vasculhar, remexer, revirar, descobrir e redescobrir tudo isso dentro da gente.

O paradoxo da vida, é que não só todas as respostas estão dentro de nós, mas tudo aquilo que julgamos precisar e necessitar. 

Meu propósito é ajudar as pessoas a si acessarem, a terapia é esse espaço facilitador e revelador.