AS CORES DO AMOR

O amor parece estar em todo lugar e compartimento de nossas vidas, por ele e para ele são dedicados filmes de romances, que retratam casais felizes, e também com pitadas de drama, como frações para representar uma parcela que seja a vida real. 

Não sei como é para você assistir filmes de romances, mas, para mim, alguns me suam como utópicos e irreais.

Contudo, também vejo muitos filmes com grandes lições morais, que por meio deles, podemos tirar profundas reflexões acerca do que é o amor, suas nuances, dores e sabores.

O amor não é só retratado em filmes, mas também, é alvo de muitas inspirações musicais, há músicas que reflete o amor como algo amargo, sofrido e doloroso, como Marília Mendonça, mas para outros, parece ser algo realmente especial e doce, como Rafael Torres.

E assim o amor, entra em nossas vidas, por meio de livros, novelas e também para alguns de nós cedo ou tarde, é algo que nossa alma irá pedir ou até mesmo clamar.

É inegável que para uma relação amorosa durar e criar raízes, seu alicerce e peça fundamental é o amor.

Se você for curioso e pesquisar esse tema no universo científico, encontrará diversas definições e teorias sobre suas definições, compartimentos e expressões.

Acredito que o amor romântico seja a soma de tudo que lhe foi proposto, como cuidado, entendimento mútuo, capacidade de entregar-se, comunicação, valorização, responsabilidade, respeito, conhecimento, receber e oferecer proteção, intimidade, paixão romântica (desejo de amar), paixão erótica (atração física e desejo sexual), compromisso, apoio emocional, e por aí vai.

De todo modo, o que a ciência comprova é que as pessoas mais felizes, são sim, aquelas que tem alguém para compartilhar a vida e amar, ou seja, que vivenciam relações saudáveis e prazerosas, resultando em uma vida plena.

O amor é uma das emoções mais complexas do ser humano, ele vem sendo estudado no mundo científico, há mais de três décadas. O amor com certeza é umas das emoções mais fortes que podemos sentir.

Com tantas teorias que se propõe a explicá-lo, defini-lo, quero apresentar para você, umas das teorias mais bem respeitadas acerca do amor no mundo científico, chamada de: Teoria Triangular do Amor.

Aqui irei apresentar seis estilos completamente diferentes que alguém pode experienciar no amor, acho interessante reflexões como essas, onde nós podemos compreender melhor sobre o amor, e quem sabe facilitar nossa flexibilidade em entendermos que somos diferentes em sentir e demonstrar a mesma coisa: amor. 

Com isso, podemos aprender, que nem sempre quando o outro “não” nos ama, significa algo a nosso respeito, e sim sobre sua capacidade em demonstrar.

Há aquelas pessoas que prezam e valorizam muito os aspectos físicos do outro, elas se sentem atraídas e escolhem seu par romântico pela beleza exterior, por que, para essas pessoas a sexualidade e a atratividade são imprescindíveis, esse tipo de amor erótico é denominado como “Eros”, onde sua característica principal não é o afeto e o lado sentimental, e muitas vezes nem se configura em uma relação estável, mas sim, em encontros sexuais e o prazer carnal.

Você é ou já conheceu uma pessoa descomprometida e pouca comprometedora? Pois bem, há pessoas que enxergam e tratam o amor como um jogo, onde se busca unicamente a sua própria satisfação, esse estilo de amor se chama “Ludus”, o seu objetivo é conquistar, obter benefícios (emocionais, sexuais, diversão …) portanto, para alcançar as suas necessidades, eles não hesitam em seduzir, enganar, manipular e constroem relacionamentos emocionalmente distantes.

Há pessoas em que o amor é baseado e sustentado no companheirismo e amizade, esses são valores indispensáveis quando buscam alguém para se relacionar e amar, esse estilo de amor é conhecido como “Storge”.

No amor há aqueles que lançam mão de sua racionalidade e lógica para se relacionarem, são pessoas menos emotivas, esse estilo de amor é conhecido como “Pragma”, nesse tipo de amor, as pessoas são lógicas e práticas, elas focam na parte racional e na utilidade das relações. Dessa maneira, são pessoas que ponderam se sua família e amigos, iriam gostar e aprovar seu par, além de refletirem sobre a estabilidade financeira do seu par, ou até mesmo se irá afetar sua calma e equilíbrio pessoal.

Existem maneiras de amar que não são saudáveis e nada equilibradas, há pessoas que amam de maneira obsessiva, onde seu relacionamento reina intensidade com possessão e claro, ciúmes, e umas pitadas de controle, esse estilo de amor é “Mania”, são pessoas que só olham para suas necessidades, e às vezes, deixam o outro confuso, pois oscilam entre frieza e romantismo.

Há pessoas que veem o amor como afeição altruísta, de alta doação e relação fraternal, esse estilo de amor é “Agapè”, são pessoas que gostam de dar e também sabem receber, são pessoas conectados e que se importam com as necessidades do seu parceiro, que oferecem o seu carinho, que são comprometidas, que cuidam e se cuidam, que trabalham em um vínculo baseado na satisfação e na harmonia.

Não tenho o propósito de aqui eleger, julgar e elencar qual é a forma correta e ou a melhor, para se amar.

Acho sensato você se perguntar qual desses estilos de amor vai de encontro ao que você acredita ser o amor.

Considero também pertinente e sensato sabermos a forma como amamos amar, esses tipos de conhecimentos a respeito de como queremos viver o amor, é fundamental, é o mínimo. 

Com amor e carinho 

Ana Paula de Andrade, Psicóloga.

Prazer, sou a Ana

Sou psicóloga clínica e fascinada pelo ser humano, pelas suas potencialidades, virtudes e forças. Nascemos com alguns propósitos, e um deles é sermos felizes. Inspiro as pessoas a terem uma vida virtuosa, onde elas tenham sede de vida, que não se limitam a sobreviver, e que queiram reviver.

 

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