Aprenda a Gostar de Si

A grande verdade é que todos nós somos livres.

Para vivermos a vida que gostaríamos ou não, para termos uma vida valorosa ou não, a verdade é que se você quiser ser infeliz, você pode.

Se não quiser amar as pessoas e não ligar para si mesmo, você também tem esse direito, claro que tem.

Ter uma vida medíocre ou uma vida brilhante, é uma escolha pessoal.

Se você for o segundo caso, acredito que um dos caminhos que poderá trilhar é amando a pessoa que você é.

Então, como podemos fazermos isso? será que a autoestima é algo que adquirimos ou nascemos com ela?  É algo que todos nós podemos ter? 

Amar a si mesmo, é uma tarefa para todos nós, para uns, é fácil e indolor, é uma atividade simples, e atingível. 

Mas, para outras pessoas, ela pode parecer difícil, ou quase impossível. 

Gosto de pensar que a autoestima são micro passos que damos diariamente, cada dia é uma oportunidade para fazermos movimentos em direção ao nosso amor próprio. 

Ou seja, ela é possível, para quem assim a desejar. 

Não encaro como algo grandioso e gigantesco que temos que fazer, para finalmente ter a sensação de que nos amamos verdadeiramente.

Não importa quem você é, se estiver disposto e achar que faz sentido para sua vida, pitadas de amor próprio, você está no lugar certo.

Aqui irei te ensinar, seus primeiros passos em direção ao autoamor.

Você tem a vida toda para aprender a gostar de si, você tem a vida inteira para descobrir como amar a pessoa que você é. 

“Imagine que você está na base de uma montanha, qualquer tipo de montanha que deseje criar. 

Há uma trilha que leva ao alto, ao pico. Você começa a subir. Sente o esforço nas pernas, tentando escalar. 

Existem árvores e flores nessa encosta da montanha?… 

Enquanto escala, você nota algo de interessante. 

Todas as dúvidas e inseguranças da sua vida cotidiana parecem despencar, como um excesso de bagagem de que você não precisa mais.

Quanto mais escala, mais livre se sente. Aproximando-se do topo da montanha, você se sente quase sem peso.

Sua mente está clara. Você se sente mais forte, mais segura de si.

Mais do que em qualquer outro momento de sua vida. Imagine esse estado de espírito e explore-o.

Você gosta dele? E como o seu corpo se sente quando você está tão autoconfiante e tão livre de dúvidas e medos?…

Agora você está apenas a uns poucos passos do pico da montanha. Você está no pico, olhando o mundo de cima. 

Como se sente? 

Qual é a sensação em relação ao mundo agora? 

Como é ficar sem as velhas e familiares inseguranças?

Aproveite alguns minutos para examinar esse assunto…

Agora volte-se e comece a descer a montanha. Seguindo o caminho de volta.

Observe se está trazendo a sua nova força e liberdade, ou se abandonou esses sentimentos no pico da montanha. 

Será que as velhas cargas retornam na medida em que você chega embaixo? 

E se voltar ao ponto de partida, poderia olhar o mundo sob um novo ângulo? 

Como se sente? Que mudanças ocorreram? Você se sente diferente?”.

Vou apresentar dois passos de como aprender a gostar mais de si, continue lendo, esteja com o coração aberto, e experimente os exercícios que preparei com muito carinho.

1 - Conheça-se

Não temos como gerar um sentimento por alguém que não sabemos quem é.

O caminho para conhecer quem é a pessoa que verdadeiramente somos.

Tudo isso, que no fundo sabemos a nosso respeito ou ainda não, que muitas vezes não dizemos em voz alta, precisa sair pra fora.

Precisa ser desvendado para nós e por nós, esse é o primeiro passo em direção a autoestima, acredite.

Que tipo de pessoa você é?

Quais são seus valores?

Quais são seus propósitos?

Quais são seus sonhos?

Medos, você tem?

O que você faz que te transmite orgulho?

Aliás, já descobriu qual é o seu talento, aquilo que você faz com maestria, aquilo que você sente que nasceu com essa habilidade?

Quais são seus defeitos?

O que você faz, ou fez que não conta para ninguém, por ter vergonha, culpa, medo, nojo, raiva?

Quantos fracassos tem acumulado? 

Sugiro que faça uma lista, de tudo aquilo que gosta de si, das conquistas que já realizou, das características que mais se admira.

Apresente sua melhor versão a si mesmo, leia essa lista, sempre que quiser e puder.

2 - Aceite-se

Aceitar quem exatamente somos, por inteiros, por completos, pode ser doloroso e delicado.

É desafiador nos encarar e aceitar partes de nós que não gostamos, das quais não temos orgulho.

Quando não encaramos nossa realidade, mais presos iremos ficar na vida que não nos agrada.

Vida essa, que se tornará como areia movediça, soterrados seremos, pelos nossos defeitos, fraquezas e daquilo que não aceitamos. 

Entenda, só mudamos, aquilo que primeiro, aceitamos, quando assumimos a nós mesmos que é real. 

Coloque-se de corpo inteiro diante de um espelho e olhe para seu rosto e o seu corpo.

Observe suas sensações. Provavelmente você gostará mais de algumas partes do que de outras. 

Se você for como a maioria das pessoas, achará algumas partes embaraçosas de olhar por muito tempo, porque elas o deixam agitado ou lhe desagradam. Talvez você veja no rosto uma dor que não quer enfrentar. 

Ou haja algum aspecto do seu corpo que lhe desagrade tanto que você mal pode suportar manter os olhos ali focalizados. 

Quem sabe veja sinais da idade e não suporte os pensamentos e as emoções que esses sinais evocam. 

Assim, o impulso é escapar, rejeitar, negar, repudiar os aspectos do seu ser.

Continue olhando para a sua imagem no espelho por mais alguns momentos e experimente dizer a si mesmo:

“Sejam quais forem os meus defeitos e as minhas imperfeições, aceito-me sem restrições”. 

Continue se olhando, respire profundamente e repita isso por um ou dois minutos, sem apressar o processo. 

A arte da aceitação, vai além do seu corpo e as marcas e traços dele, é também aceitar que possuímos talvez, medos, vergonha, receio da rejeição, vazios, solidão, inseguranças, fracassos.

Aceitar que as emoções, por mais perturbadoras que são, existem e que elas são o que são, é uma forma inteligente de lidar com elas.

“Aceitar” não significa necessariamente “gostar”; “aceitar” não significa que não podemos imaginar ou desejar mudanças e melhoras. 

Significa vivenciar, sem negação, que um fato é um fato; nesse caso, significa aceitar que o rosto e o corpo no espelho são o SEU rosto e o SEU corpo, e que eles são aquilo que são.

Quando enfim, aceitar, os fatos sobre você, perceberá que se sentirá mais leve, mais confortável consigo, e mais real.

O paradoxo da vida, é que quando aceitamos nossos sentimentos ruins, eles perdem suas forças, vão embora mais rápido do que imaginamos.

Os sentimentos, querem sempre, nos sinalizar para onde devemos olhar e cuidar.

Olhe para seus medos, de outra forma, eles não definem você, converse com seus sentimentos, e pergunte por que eles estão aí, o que eles querem te ensinar, te mostrar.

Com amor

Ana Paula de Andrade, Psicóloga.

Prazer, sou a Ana

Sou psicóloga clínica e fascinada pelo ser humano, pelas suas potencialidades, virtudes e forças. Nascemos com alguns propósitos, e um deles é sermos felizes. Inspiro as pessoas a terem uma vida virtuosa, onde elas tenham sede de vida, que não se limitam a sobreviver, e que queiram reviver.

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