Amamos sentir que podemos escolher, decidir e até desistir.
Não gostaríamos de nos enxergarmos reféns de uma pessoa, uma paixão ou algum lugar, que nos despertasse felicidade, paz de espírito ou realização.
Em um mundo cíclico, onde, nada e ninguém pode ser eternizado e imortalizado, deveríamos ampliar nossas possibilidades de ser, existir, agir e relacionar.
Uma vida boa é desenhada por quem consegue se abrir ao novo, ao diferente, ao estranho.
É poderoso desfrutar da nossa autonomia e capacidade para reinventar, o momento, o destino e a gente, sempre que quisermos ou precisarmos.
A magia e a empolgação daqui, está quando descobrimos que existem alternativas, para realizarmos nossos sonhos, anseios e caprichos, não em uma única pessoa, nem tampouco a um único hobby ou profissão. O mundo reserva boas surpresas e lindas sensações, em cada canto.
Não sou ingênua para romantizar o novo, a surpresa e o desconhecido, uma vez que, somos atraídos por estabilidade, previsibilidade e claro, segurança. De uma forma, ou de outra, queremos ter controle e saber de antemão as respostas da vida.
Encontramos um certo refúgio e conforto para tudo que já é conhecido e familiar, nos tornamos facilmente leais aos nossos hábitos, padrões e regras, de algum modo, agir assim, minimiza nossa ansiedade e nos tranquiliza.
O paradoxo é que quando ficamos agarrados à mesmice, há um único jeitinho de se viver, uma hora iremos nos deparar com o tédio, e a vida se mostrará desinteressante e sem graça.
Sorte de quem tem coragem e disposição para novas e lindas descobertas.
Sorte de quem tem curiosidade para se reconhecer e redescobrir a cada ciclo .
Sorte de quem desiste do que e quem não faz mais feliz.
A esperança é que podemos aprender a criar meios diferentes para termos novas perspectivas, sensações e escolhas. Lembre-se que felicidade é terra de ninguém.
Saber que estamos em uma jornada, com infinitas possibilidades, é tudo que precisamos compreender, na maioria das vezes.